«Se podes olhar, vê. Se podes ver, repara.» Ensaio sobre a cegueira, José Saramago
31.12.15
17.12.15
13.12.15
2.11.15
16.10.15
6.10.15
4.10.15
29.9.15
FRAGMENTOS
Escritor - homem casado?
Sempre escritor-de-domingo.
Não tem o momento azado,
sua arte é pingo a pingo.
Alexandre O'Neill
ANOS 70 poemas dispersos, Assírio & Alvim, Lisboa, Outubro 2005
Sempre escritor-de-domingo.
Não tem o momento azado,
sua arte é pingo a pingo.
Alexandre O'Neill
ANOS 70 poemas dispersos, Assírio & Alvim, Lisboa, Outubro 2005
17.9.15
Debate
Não sei quem ganhou,
mas perco com ambos:
nenhum condenou,
olhando os escambos,
tratados, desgraças,
ferozes matilhas,
as graves trapaças
e as moscambilhas.
Dizer quem ganhou,
não vale uma aposta.
Mas sei quem ficou
a arder e não gosta
do muito que sói
dizer-se que dói.
© Domingos da Mota
mas perco com ambos:
nenhum condenou,
olhando os escambos,
tratados, desgraças,
ferozes matilhas,
as graves trapaças
e as moscambilhas.
Dizer quem ganhou,
não vale uma aposta.
Mas sei quem ficou
a arder e não gosta
do muito que sói
dizer-se que dói.
© Domingos da Mota
24.6.15
31.5.15
15.5.15
14.5.15
RADAR
(É um blog de poesia?
Pois também o lê a CIA...)
Luís Filipe Castro Mendes
A CIA lê e relê
o que pode e o que não pode,
sobretudo se treslê
o que vê nalgum blogue.
Se ao Tim Tim no Tibet
segue os passos, na penumbra,
para ver se o compromete
de mãos dadas com a sombra
de um oximoro exótico
que não saiba decifrar
através do nervo óptico,
do olho do seu radar,
fica com ar psicótico,
mas mantém-se a espiolhar.
© Domingos da Mota
[inédito,
a partir da leitura do poema PUBLICIDADE, de Luís Filipe Castro Mendes, na sua página do Facebook]
Pois também o lê a CIA...)
Luís Filipe Castro Mendes
A CIA lê e relê
o que pode e o que não pode,
sobretudo se treslê
o que vê nalgum blogue.
Se ao Tim Tim no Tibet
segue os passos, na penumbra,
para ver se o compromete
de mãos dadas com a sombra
de um oximoro exótico
que não saiba decifrar
através do nervo óptico,
do olho do seu radar,
fica com ar psicótico,
mas mantém-se a espiolhar.
© Domingos da Mota
[inédito,
a partir da leitura do poema PUBLICIDADE, de Luís Filipe Castro Mendes, na sua página do Facebook]
6.3.15
Até ver
Homem humilde, quiçá
mais humilde que os humílimos
e tão humilde, sei lá,
que se torna dificílimo
encontrar entre os mortais
outro tão humilde assim
nas relações sociais
e dignas desse latim,
pois o homem lá se arroga,
na sua grande humildade,
ser o exemplo, a prova
de sem igual probidade,
mais humilde que os humílimos
e tão humilde, sei lá,
que se torna dificílimo
encontrar entre os mortais
outro tão humilde assim
nas relações sociais
e dignas desse latim,
pois o homem lá se arroga,
na sua grande humildade,
ser o exemplo, a prova
de sem igual probidade,
pois igual, só quem nascer
duas vezes, até ver
Domingos da Mota
1.3.15
MÁ CONSCIÊNCIA
O adjectivo
dá-me de comer.
Se não fora ele
o que houvera de ser?
Vivo de acrescentar às coisas
o que elas não são.
Mas é por cálculo,
não por ilusão.
Alexandre O'Neill
DE OMBRO NA OMBREIRA, Publicações Dom Quixote, Lisboa, Setembro de 1969
dá-me de comer.
Se não fora ele
o que houvera de ser?
Vivo de acrescentar às coisas
o que elas não são.
Mas é por cálculo,
não por ilusão.
Alexandre O'Neill
DE OMBRO NA OMBREIRA, Publicações Dom Quixote, Lisboa, Setembro de 1969
23.2.15
10.2.15
DA VIOLÊNCIA
Do rio que tudo arrasta se diz que é violento.
Mas ninguém diz violentas
As margens que o comprimem.
Bertolt Brecht
Poemas, Tradução (com a colaboração de Sylvie Deswarte), Selecção, Estudos e Notas de Arnaldo Saraiva, Editorial Presença, Lisboa
Mas ninguém diz violentas
As margens que o comprimem.
Bertolt Brecht
Poemas, Tradução (com a colaboração de Sylvie Deswarte), Selecção, Estudos e Notas de Arnaldo Saraiva, Editorial Presença, Lisboa
30.1.15
8.1.15
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